top of page

Cinco anos depois: o que aprendemos com a pandemia da Covid-19?

Karina Pinto
Imagem: divulgação
Imagem: divulgação

Há exatamente cinco anos, no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia da Covid-19. O mundo parou. O desconhecido vírus SARS-CoV-2 transformou rotinas, silenciou cidades e impôs desafios que ninguém imaginava enfrentar.


Foram milhões de vidas perdidas. Famílias destruídas. O medo e a incerteza tornaram-se sentimentos constantes. Ao mesmo tempo, a pandemia escancarou desigualdades sociais, gerou conflitos políticos e foi palco para um fenômeno perigoso: a desinformação.


O coronavírus não trouxe apenas uma crise sanitária; ele abalou economias, sistemas de saúde e relações humanas. Países viram hospitais lotados, profissionais de saúde exaustos e populações isoladas. Empresas fecharam, trabalhadores perderam empregos e a educação precisou se reinventar.


A vacinação, quando chegou, se tornou um divisor de águas. Mas, junto com a ciência, vieram as fake news, teorias conspiratórias e a resistência de muitos à imunização. A informação, tão essencial para salvar vidas, virou alvo de manipulação. A pandemia deixou claro o quanto a ciência e a comunicação responsável são fundamentais em tempos de crise.


Passados cinco anos, a Covid-19 não é mais uma emergência global, mas continua presente. A doença ainda circula, e os impactos psicológicos, sociais e econômicos seguem visíveis.

Aprendemos algo? Sim. Mas será que nos tornamos pessoas melhores?


A pandemia ensinou sobre prevenção, autocuidado e empatia. O uso de máscaras, a importância da vacinação e hábitos de higiene passaram a ser mais valorizados. As empresas se adaptaram ao home office, e a tecnologia encurtou distâncias.


Por outro lado, muitos parecem ter esquecido rapidamente as lições. O individualismo ressurgiu, a polarização cresceu e a confiança na ciência ainda precisa ser resgatada em algumas partes do mundo.


Lições para o futuro


Se há algo que a pandemia mostrou, é que nenhuma sociedade estava preparada, e hoje, poucas se organizaram só ponto de enfrentar novamente uma crise dessa magnitude. A saúde pública precisa de investimentos contínuos, a desinformação deve ser combatida, e a solidariedade precisa ir além dos momentos críticos.


Cinco anos depois, seguimos em reconstrução. Precisamos lembrar das perdas, mãos de 600 mil somente no Brasil, mas também das lições. Porque o próximo desafio pode vir a qualquer momento — e o mundo precisa estar pronto.

Comments


bottom of page