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Saneamento básico, infraestrutura e crise climática: desafios urgentes para os prefeitos que tomam posse em 2025

Karina Pinto
Imagem: incêndio florestal, seca e alagamentos - Foto: Divulgação Internet

Nesta quarta-feira (1º), mais de 5.500 prefeitos assumem seus mandatos no Brasil, enfrentando desafios históricos e urgentes que impactam diretamente a vida da população. Entre eles, a precariedade no saneamento básico, a necessidade de infraestrutura urbana e os efeitos devastadores da crise climática são temas prioritários que exigem planejamento e ação imediata.


Dados recentes do IBGE revelam que cerca de 49 milhões de brasileiros – 24,3% da população – ainda não têm acesso a uma estrutura adequada de saneamento básico. Apenas 53,2% da população conta com coleta de esgoto, e menos da metade do esgoto coletado, 46,3%, é tratado.


Além disso, a drenagem urbana precária em muitas cidades brasileiras intensifica problemas como alagamentos e inundações, afetando principalmente as populações mais vulneráveis. A falta de saneamento reflete desigualdades históricas, que perpetuam condições indignas para milhões de pessoas.


A infraestrutura das cidades brasileiras carece de investimentos em manutenção e modernização. Problemas como pavimentação insuficiente, transporte público ineficiente e falta de planejamento habitacional agravam o impacto de eventos climáticos extremos. Prefeitos enfrentarão o desafio de atrair recursos e implementar políticas integradas que garantam cidades mais resilientes e inclusivas.


O ano de 2024 trouxe um alerta sobre os impactos crescentes da crise climática no Brasil. O país registrou quase 200 mortes em decorrência de um desastre climático no Rio Grande do Sul, além de sofrer com a pior seca das últimas décadas. A Amazônia enfrentou o maior número de queimadas em 17 anos, enquanto o Cerrado e o Pantanal também bateram recordes de incêndios.


Esses eventos são consequências diretas do aumento das temperaturas. Nos últimos 12 meses, o Brasil enfrentou quase três meses a mais de calor do que a média histórica. Projeções para o futuro indicam que o semiárido nordestino perderá recursos hídricos, enquanto a vegetação típica da região será gradativamente substituída por espécies características de áreas áridas.


Os prefeitos eleitos terão a responsabilidade de liderar mudanças significativas. Isso inclui investir em saneamento básico, promover a infraestrutura urbana sustentável e articular políticas de mitigação e adaptação aos efeitos climáticos. A busca por soluções inovadoras, parcerias público-privadas e cooperação internacional será essencial para enfrentar esses desafios.


O Brasil não pode mais adiar as soluções para problemas que impactam diretamente a saúde, a segurança e a qualidade de vida de sua população. A gestão municipal será crucial para mudar essa realidade e construir um futuro mais digno e sustentável.

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