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Projeto de turismo garante inclusão de comunidades tradicionais e Quilombolas no Brasil

Karina Pinto

Imagem: turistas visitam comunidade tradicional - Foto: Agência Plana Vivências

O turismo doméstico e internacional está em alta, com recordes históricos no gasto dos viajantes e um aumento significativo na oferta de serviços turísticos, como novas unidades de hospedagem. Essa expansão reforça o turismo como um motor importante para a economia e para o desenvolvimento social no país. Imagine então, fazer esse motor revolucionar a vida e a economia de pequenas comunidades, ajudando pessoas que precisam de renda e têm um produto único no mundo a oferecer.


Essa foi a sacada de duas mulheres, em 2017. Vivendo em São Paulo, as amigas Liliane Jacintho e Samanta criaram uma agência de turismo que foca em um diferencial único, inclusivo e sustentável, o turismo nas comunidades. O destaque está no fato de que as comunidades escolhidas para fazer parte desse projeto, as quilombolas, indígenas, caiçaras, populações que têm um estilo único de vida, estão completamente fora desse mercado. 


O setor de turismo está em expansão em 2024. O segmento no Brasil deve crescer cerca de 8,7% este ano, com gastos projetados em R$ 90 bilhões. Esse desempenho reflete uma recuperação robusta após a pandemia e um aumento no consumo em comparação a 2019. Além disso, o setor contribui significativamente para a economia, representando cerca de 7,7% do PIB nacional em 2023, e a expectativa é de um impacto ainda maior em 2024, chegando a R$ 881 bilhões. Também se prevê a criação de mais de 8 milhões de empregos diretos no setor, representando 8,1% do total de empregos no Brasil. 


Projeto idealizado pelas empreendedoras, a Plana Vivências busca conectar turistas com comunidades quilombolas, indígenas e caiçaras, promovendo um turismo consciente e inclusivo, com roteiros cuidadosamente desenhados para proporcionar uma verdadeira imersão cultural. As viagens promovem o encontro de turistas com as tradições locais, permitindo uma conexão profunda com a história e os valores das comunidades, além de ampliar a educação sobre as raízes culturais do Brasil.


“Esse projeto veio com um chamado muito grande de entender como a gente poderia modificar o fluxo do dinheiro e do próprio turismo, da própria demanda, dando espaço e visibilidade para comunidades tradicionais. Então, desde então, nos existimos, porque as comunidades tradicionais, especial às comunidades quilombolas têm nos abraçado e acreditado no nosso trabalho, então nós atuamos em parceria com eles num formato de turismo de visitação, a que nós chamamos de vivência, que nasce da cultura mas que coloca também a comunidade, o comunitário, no centro do processo.”, destaca Liliane Jacintho, empreendedora. 


Além de uma experiência transformadora para os visitantes, o projeto fortalece o desenvolvimento local e promove a sustentabilidade nas regiões atendidas. A agência atua como uma ponte de respeito e valorização da sabedoria ancestral, criando uma rede de apoio entre as comunidades e os turistas.

Com roteiros diferenciados, a agência oferece uma oportunidade única de reflexão e crescimento pessoal. De acordo com as idealizadoras do projeto, a proposta é criar uma experiência de turismo com propósito, que enriquece tanto os visitantes quanto as comunidades, e que contribui para a construção de um Brasil mais diverso e inclusivo.


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