top of page

Como lidar com uma pessoa com pensamentos suicidas: a importância do apoio profissional

Karina Pinto




Conviver com uma pessoa que manifesta pensamentos suicidas exige sensibilidade, empatia e, principalmente, uma abordagem séria e profissional. Esse é um tema que requer atenção imediata, pois envolve o risco real de perda de vidas. Ao perceber sinais de que alguém está pensando em tirar a própria vida, é essencial oferecer apoio, ouvir sem julgar e encorajar a busca por ajuda especializada, como psicólogos ou psiquiatras. 


A banalização do assunto ou abordagens superficiais podem agravar ainda mais a situação da pessoa em sofrimento. Falar sobre suicídio de maneira aberta e responsável permite que o tema seja tratado como um problema de saúde mental, o que ele verdadeiramente é, ajudando a reduzir o estigma e incentivando a busca por tratamento. Em muitos casos, as pessoas com pensamentos suicidas podem sentir vergonha ou medo de compartilhar suas angústias, e o silêncio pode levar ao agravamento dos sintomas. Por isso, falar sobre o tema de forma respeitosa e com conhecimento é uma ferramenta poderosa para a prevenção.


Os riscos das publicações preconceituosas na internet


No entanto, nem sempre a internet é um ambiente seguro para discussões sobre saúde mental. Publicações preconceituosas ou insensíveis podem ter um impacto devastador em pessoas que já estão vulneráveis. Comentários depreciativos, estigmatizantes ou que minimizam a gravidade da depressão e dos pensamentos suicidas podem aumentar o sentimento de isolamento, desespero e inutilidade, empurrando a pessoa ainda mais para o abismo do sofrimento. 


Além disso, a internet, muitas vezes, amplifica essas vozes tóxicas, fazendo com que o impacto dessas palavras prejudiciais atinja milhares de pessoas em pouco tempo. A falta de regulamentação adequada e a sensação de anonimato permitem que discursos de ódio e preconceitos sejam disseminados sem consequências imediatas. Em casos extremos, essas publicações podem ser gatilhos para ações desesperadas.


Por que a pessoa com depressão deve evitar a internet e a pressão social dos likes


Para quem sofre de depressão, a pressão social imposta pelas redes sociais pode ser especialmente prejudicial. A busca constante por validação através de curtidas, comentários e seguidores pode criar um ciclo de ansiedade, em que a pessoa sente que precisa constantemente se adequar às expectativas irreais e idealizadas da vida que são comumente apresentadas online. Isso pode alimentar sentimentos de inadequação, solidão e fracasso, agravando ainda mais a condição depressiva.


Evitar a internet e as redes sociais pode ajudar a pessoa a se distanciar dessa pressão e focar em seu processo de recuperação. Priorizar interações reais e buscar ambientes acolhedores e livres de julgamentos são passos fundamentais para que ela possa reconstruir sua autoestima e recuperar a força emocional necessária para enfrentar os desafios da vida.


Por fim, a questão da saúde mental deve ser tratada com a seriedade e o cuidado que merece. Ao falar sobre suicídio e depressão de maneira responsável e compassiva, e ao promover espaços seguros tanto online quanto offline, é possível contribuir para a redução do sofrimento e a valorização da vida.


Ser humano em foco


No Brasil há diversos canais de apoio emocional e emergencial, que as pessoas com depressão, em situação de vulnerabilidade emocional podem acionar: 


Centro de Valorização da Vida (CVV): 188 (ligação gratuita em todo o território nacional)

   Atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana. cvv.org.br 


SUS - Sistema Único de Saúde

  Atendimento psicológico e psiquiátrico através da rede pública de saúde

 

CAPS (Centro de Atenção Psicossocial)

  UBS (Unidade Básica de Saúde)

  Samu - 192


Comentários


bottom of page