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Agrotóxico: uso de neonicotinóides nas lavouras é tema de debate nesta segunda (25) na Câmara

Karina Pinto

Imagem: produtor aplica agrotóxico na lavoura - Foto: Freepik

A pedido da deputada Coronel Fernanda (PL-MT), a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados promove, nesta segunda-feira (25), um debate sobre o uso de defensivos agrícolas neonicotinóides. Essa classe de agrotóxicos, amplamente utilizada no cultivo de milho, soja e algodão, tem gerado polêmicas devido aos seus impactos ambientais e socioeconômicos.


Os neonicotinóides, inseticidas sistêmicos, são absorvidos pelas plantas e distribuídos por seus tecidos, protegendo-as de dentro para fora. Eles atuam no sistema nervoso dos insetos, bloqueando receptores neuronais, o que provoca paralisia e morte das pragas, como pulgões, moscas-brancas e percevejos. Contudo, esses defensivos estão sob crescente escrutínio após a União Europeia proibir seu uso em cultivos ao ar livre em 2018, devido aos altos riscos que representam para polinizadores, especialmente as abelhas.


Estudos indicam que os neonicotinóides podem afetar a capacidade de navegação e forrageamento das abelhas, prejudicar a saúde das colmeias e contaminar pólen e néctar, mesmo quando o produto não é aplicado diretamente. Além disso, ambientalistas apontam sua persistência no solo e na água, o que pode comprometer ecossistemas e impactar organismos não-alvo, como peixes e aves.


O Brasil, que já lidera o ranking global no consumo de agrotóxicos, possui cerca de 3 mil inseticidas com uso liberado, o que levanta questionamentos sobre a necessidade de continuar utilizando produtos controversos como os neonicotinóides.


Preocupada com a possibilidade de restrições ambientais levarem à proibição desses defensivos no país, a deputada Coronel Fernanda espera que o debate fomente soluções que conciliem a proteção ambiental com a eficácia no controle de pragas.



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